Após duas audiências públicas que discutiram as Placas Mercosul, ontem (29), Everton Calamucci, presidente da Fenadesp, protocolou em Brasília um pedido de CPI para apurar as irregularidades que envolvem a implantação delas.
A solicitação foi feita pela manhã e no período da tarde o deputado Domingos Sávio, presidente da Comissão de Viação e Transportes, já sinalizou que a CPI será realizada. Segundo ele, caso irregularidades sejam encontradas, os responsáveis serão penalizados pelos seus atos.
O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a colocar em vigor as placas, em setembro de 2018, mesmo diante a um cenário turbulento, que culminou em duas mudanças iniciais: a retirada do lacre e dos brasões.
Em seguida, alguns estados – Paraná, Amazonas, Bahia, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio Grande do Norte – colocaram as placas em vigor de maneira forçada, também ignorando o contexto duvidoso que envolve a implantação no Brasil e o pedido da Comissão de Viação e Transportes para suspender o início de uso da placa por, pelo menos, mais 180 dias – feito após a audiência pública realizada em dezembro do ano passado.
“Está claro que alguns servidores e diretores do Denatran e dos Detrans estão envolvidos em um esquema de corrupção. Por isso solicitamos a CPI, pois a população não pode ser prejudicada mais uma vez por conta da ganância de uma máfia articulada para lucrar milhões”, disse Everton.
A Fenadesp acompanhará de perto esta CPI, para preservar, sempre, os direitos da categoria dos despachantes e dos cidadãos brasileiros.